O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, tentou tranquilizar o pequeno poupador em relação aos estudos do governo para mudar a rentabilidade da caderneta de poupança. Ele garantiu que ninguém será pego de surpresa e criticou a campanha publicitária do PPS que insinua que haverá um novo confisco da poupança como ocorreu no governo Collor. Bernardo qualificou de "mau caráter" a propaganda exibida na televisão. "Nós não estamos fazendo nada escondido. Ninguém está querendo mexer na poupança como disse aquela propaganda mau-caráter que teve esses dias na TV. Queremos que a poupança continue sendo o principal instrumento de proteção dos recursos das famílias. Qualquer adequação será feita de forma transparente", afirmou Paulo Bernardo.
O governo teme que o rendimento da poupança acabe por atrair grandes investidores. "Não queremos que apareça aqui uma pessoa como o George Soros, e ele mesmo já falou que é um especulador, e vai querer depositar US$ 15 bilhões na poupança e ter a mesma garantia do seu Antonio, da dona Maria", disse. "Não podemos é cair naquela discussão da propaganda mau caráter que passou outro dia na televisão, dizendo que nós vamos mexer na poupança, para alarmar as pessoas.
Ele refere-se às inserções do PPS, nas quais o deputado Raul Jungmann (PE) aparece dizendo que Lula quer mexer na poupança, a exemplo do que fez o ex-presidente Fernando Collor. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também reagiu à afirmação do PPS. "Lula está nervoso porque quer tungar a poupança para atender aos interesses dos bancos", disse o presidente do PPS, Roberto Freire, em nota.
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