Em campanha no Espírito Santo, o candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra, disse ontem que, se eleito, não vai permitir a alteração do sistema de pagamento de royalties de petróleo. A mudança, já aprovada em primeira votação na Câmara e no Senado, divide os royalties do pré-sal entre todos os estados e não apenas entre os produtores, como é hoje. A medida atinge principalmente o Rio de Janeiro e Espírito Santo, os dois maiores produtores de petróleo do país. São Paulo, estado de Serra, também deve ser prejudicado, segundo algumas projeções. Todos os demais estados devem ganhar.
O projeto ainda precisa passar por mais uma votação de deputados e senadores, para antes ir à sanção presidencial. Isso só deve ocorrer após as eleições.
Serra, que vinha sendo reticente sobre o assunto, dessa vez foi taxativo. "Essa ameaça permanente de tirar recursos do Espírito Santo, que é uma região produtora de petróleo, tirar os recursos dos royalties e acabar com a participação especial não vai acontecer", afirmou Serra, na cidade de Vila Velha, na Grande Vitória. Ele ainda culpou a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, quando era ministra da Casa Civil, de ter sido a responsável pelo projeto que muda o sistema de royalties.
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