Em reunião na manhã desta segunda-feira (6), o presidente interino Michel Temer (PMDB) decidiu manter nos cargos três peemedebistas envolvidos em denúncia e desgastes nos últimos dias: Eduardo Alves (Turismo), Fábio Osório (AGU) e Fátima Pelaes (Secretaria de Mulheres).
Citado em reportagem do jornal Folha de S.Paulo como receptor de recursos do petrolão, o ministro Henrique Eduardo Alves (Turismo) permanecerá no comando da pasta. Na avaliação do presidente, as informações publicadas são “antigas”. Henrique Alves já responde a inquérito no STF por eventual envolvimento na Operação Lava Jato. Terá que sair do governo se o inquérito apontar que tem culpa.
Alves é alvo de um pedido de abertura de inquérito feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF). No pedido de investigação, Janot acusa o ministro do Turismo de ter recebido dinheiro desviado da Petrobras. No mesmo pedido, o procurador-geral da República afirma que o Temer recebeu uma doação de R$ 5 milhões da empreiteira OAS e que esse repasse teria ligação com a obtenção, pela construtora, da concessão do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
AGU e Mulheres
Quanto ao advogado-Geral da União, Fábio Medina Osório, o presidente interino ficou incomodado com sua atuação nos últimos dias, mas resolveu conversar com o auxiliar e definir um “acordo de procedimento”. Temer não gostou do advogado não ter atuado para impedir a volta do presidente da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), escolhido pela presidente afastada Dilma Rouseff. O ministro do STF Dias Toffoli concedeu liminar a Ricardo Melo, determinando sua volta ao posto de presidente da EBC porque não teria sido feita a defesa do governo Temer na nomeação do jornalista Laerte Rímoli para o mesmo posto.
Outro problema no horizonte do governo era a nomeação de Fátima Pelaes para a Secretaria de Mulheres. Ela foi escolhida por Temer na semana passada, mas está sendo investigada por desvio de recursos de emendas parlamentares no âmbito da Operação Voucher. O presidente interino vai mantê-la no cargo, porque análise feita pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e concluída na manhã desta segunda-feira apontou que ela não tem problemas legais que a impeçam de atuar na pasta.
Caiado e Marçal cobiçam apoio de Gusttavo Lima para eleições em 2026
Moraes pede manifestação da PGR sobre passaporte de Bolsonaro; assista ao Sem Rodeios
Troca de comando na Câmara arrisca travar propostas que limitam poder do STF
Governo do Tocantins vive crise política deflagrada após investigações da Polícia Civil
Deixe sua opinião