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Alexandre Garcia

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Senado

Moro escapou da cassação no TRE, mas a perseguição ainda não acabou

Sergio Moro (União Brasil-PR) será julgado por suposto abuso de poder econômico nas eleições de 2022.
Sergio Moro (União Brasil-PR) foi absolvido pelo TRE da acusação de abuso de poder econômico nas eleições de 2022. (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

Na próxima segunda-feira é o Conselho Nacional de Justiça que vai julgar o senador Sergio Moro como ex-juiz. É uma coisa estranha; ele deixou a carreira de juiz, renunciou ao posto, não é mais juiz, e o CNJ talvez não faça nada. Mas é uma espécie de perseguição, não? E que, aliás, confere com o que Lula prometeu, que ia pegar Moro. Ele foi absolvido por 5 a 2 no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, que não fez nenhum favor para Moro, apenas julgou corretamente e reconheceu a importância dos votos de 1,953 milhão de eleitores do Paraná. Isso é o principal, é respeitar o voto do eleitor. Seria justo, sim, julgar as pessoas para decidir se podem ou não ser candidatas; mas, depois que foram eleitas, aprovadas pela verdadeira justiça eleitoral, que é o voto, aí fica muito estranho. Ainda assim, a federação de partidos que inclui o PT vai recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral.

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Mensagens de Musk continuam repercutindo no Congresso

Mais uma comissão do parlamento brasileiro está entrando no caso do Twitter. Agora é a Comissão de Comunicação do Senado. O senador Magno Malta propôs ouvir o jornalista americano Michael Schellenberger e o jornalista David Ágape sobre os Twitter Files e a informação de que a rede social era obrigada a fornecer à Justiça brasileira dados privados de usuários da plataforma, o que seria ilegal. Elon Musk quer revelar tudo isso também, mas na quarta-feira fez a ressalva de que, nos países em que o X está, vai obedecer a todas as leis do país. Ele está se referindo certamente à Constituição brasileira, que proíbe a censura e garante a liberdade de expressão, vedado o anonimato.

Também no Senado, a Comissão de Segurança Pública aprovou uma moção de aplauso a Elon Musk e disse o motivo: “ele mostrou ao mundo a inacreditável e lamentável pressão da Justiça brasileira, representada por seu ministro Alexandre de Moraes, para obter ilegalmente dados de usuários da plataforma”, e que Musk “merece esse aplauso por expor e enfrentar a censura política infundada e imposta pela Justiça brasileira a usuários da plataforma no país”. É mais um capítulo dessa novela que envolve Musk e Moraes.

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A Amazônia queima, mas de repente os artistas não estão mais preocupados

Houve um aumento gigantesco do fogo na Amazônia. Em 2023, primeiro ano do governo Lula, houve 34 mil incêndios na floresta mais madura – alta de 152% em relação ao ano anterior, 2022, último ano do governo Bolsonaro, quando foram 13 mil incêndios. Ao mesmo tempo, a verba do Ibama para combater incêndio, que era para ser de R$ 120 milhões, foi cortada e está em R$ 50 milhões.

A revista Oeste está achando estranho esse silêncio dos artistas – e dos jornalistas também – que tanto lamentavam incêndios na Amazônia, mas agora estão calados. Aliás, o mesmo acontece com as mortes de yanomamis. No último ano do governo Bolsonaro foram 343 e, no primeiro ano do governo Lula, 363. Só que não há mais aquela gritaria de antes. Portanto, não é uma questão de yanomamis, nem da floresta, mas simplesmente de política, de gostar de um e não gostar do outro.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

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