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Quando perguntaram a Soljenítsin como os comunistas puderam cometer tantos crimes, o célebre escritor russo respondeu que tudo era possível para um regime que tinha seus fundamentos na mentira. Desde o início, em 2019, a mentira rege os inquéritos do Regime PT-STF.
Os objetivos dessa narrativa jurídica — já comparada a uma peça ficcional — são bastante claros: destruir a direita conservadora brasileira e eliminar todas as forças da sociedade que se oponham ao sistema político esquerdista.
Para a consecução de tal fim, vale tudo: mentira, omissão, chantagem, ameaça e tortura. Se inocentes foram presos, não importa; se famílias foram destruídas, danem-se; se uma vida se perde, como a de Clezão, paciência. O importante é que tiramos o Bozo.
Como meus sete leitores já sabem, o ex-assessor presidencial Filipe Martins foi preso em 8 de fevereiro de 2024, sob acusação de fazer uma viagem aos Estados Unidos que ele nunca fez, provou que não fez, e que se tivesse feito não seria crime.
Filipe foi mantido no cárcere por seis longos meses, tendo sido perseguido por um diretor petista da penitenciária (depois removido do cargo). Segundo seus advogados de defesa, Filipe chegou a ser jogado durante alguns dias numa solitária sem luz e com marcas de sangue na parede.
Queriam fazer de Filipe Martins um segundo Mauro Cid, mas falharam miseravelmente. O preso político escreveu numa carta do cárcere, parafraseando o diálogo “Górgias”, de Platão:
“Não vou delatar porque não há o que ser delatado. Prefiro sofrer uma injustiça a cometer uma injustiça”.
Os algozes do regime se enganaram quanto a ele. Esperavam um ajudante de ordens trêmulo e se viram diante de um homem que ama a verdade e a justiça.
Filipe saiu da prisão em agosto de 2024, mas continua aqui, arrastando as correntes das medidas restritivas impostas pelos seus algozes
Ocorre que seus advogados descobriram recentemente um fato que pode desmoronar toda a narrativa criada pelo regime para aprisionar Bolsonaro e seus aliados.
E o que eles descobriram, com base nos documentos da delação premiada de Mauro Cid, é estarrecedor: três meses antes da prisão de Filipe Martins, ministro Alexandre de Moraes e o delegado Fábio Shor, da Polícia Federal, já tinham em mãos os dados de geolocalização do ex-assessor entre o final de 2022 e o início de 2023 e sabiam que ele não viajou com a comitiva presidencial para os EUA nesse período.
Em outubro de 2023, os dados de Filipe foram solicitados juntamente com os do padre José Eduardo de Oliveira e Silva e do advogado Amauri Feres Saad, por meio da ação denominada PET 11.767. Estranhamente, no entanto, a investigação usou os dados do padre e do advogado, mas ignorou os de Filipe.
Para os defensores de Filipe Martins, os seis meses da prisão do ex-assessor presidencial configuram um claro abuso do atual regime brasileiro contra os direitos humanos e devem ser denunciados internacionalmente.
Eles afirmam que o caso apresenta evidências de prisão preventiva ilegal, perseguição penal de pessoa inocente, coação para obtenção de delação, denunciação caluniosa, tortura e constrangimento ilegal — itens tipificados na Lei de Abuso de Autoridade e no Código Penal.
Por esse motivo, os advogados de Filipe, Sebastião Coelho e Ricardo Fernandes, arrolaram Alexandre de Moraes e Fábio Shor como testemunhas no tribunal.
E vocês sete sabem: testemunhas não podem mentir.
Mensagem do Rosário
Na madrugada da última sexta-feira (7), este cronista de sete leitores estava entre a multidão de 1,2 milhão de brasileiros que acompanharam o Rosário do Frei Gilson.
Durante os mistérios luminosos, foi citada a passagem do Livro dos Atos em que o carcereiro de Paulo e Silas em Filipos se joga aos pés dos prisioneiros cristãos e implora:
— Senhores, que devo fazer para ser salvo?
A resposta do apóstolo é muito clara:
— Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua família.
A continuação da passagem é uma grande lição para os tempos em que estamos vivendo. Ao ser liberto, Paulo exige a presença dos magistrados e declara que foi vítima de abusos de autoridade:
— Sem nenhum julgamento, nos açoitaram publicamente, a nós que somos cidadãos romanos, e meteram-nos no cárcere, e agora nos lançam fora ocultamente... Não há de ser assim! Que venham e soltem-nos pessoalmente!
Essa fala do apóstolo me faz pensar que tanta injustiça não poderá ficar oculta para sempre. O rei vai virar réu.
Conteúdo editado por: Aline Menezes




