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Polzonoff

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"Ensina-me, Senhor, a ser ninguém./ Que minha pequenez nem seja minha". João Filho.

36 segundos: se Bambam fosse certo ministro do STF

Popó Bambam
Popó nocauteia o ministro Bambam. (Foto: Montagem)

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A luta do ano. Da década. Do século. Do milênio. Do éon. De um lado, representando o povo brasileiro e usando as cores da nossa bandeira, ele que já foi quatro vezes campeão do mundo: Aaacelino Freitas! O Popó!!! Do outro lado, ele que é o tucano mais amado pelos petistas. Hoje o maior adversário da Constituição. Indicado ao STF por Temer. O carrasco da liberdade. O ministro que transformou o Supremo em sinônimo de injustiça e arbítrio... Kléééééber Bambam!!!

- É, Polzo. Nos últimos dias criou-se muita expectativa em torno da luta de hoje. A gente viu muita provocação durante a semana. Bambam xingou os brasileiros de extremistas e ameaçou prender geral quem criticasse o STF. Sem falar em tudo o que ele vez fazendo de mau nos últimos anos. A Constituição até deu queixa contra ele com base na Lei Maria da Penha!... Mas claro que os parças do Supremo aliviaram.

Claro, claro. Realmente é uma figura deplorável esse Bambam. Com todo o respeito! E é por isso que o Brasil inteiro está torcendo para Popó. Lembrando que essa é uma luta cercada por metáforas óbvias e simbolismos explícitos, hein? Tanto é assim que, há poucos dias, Popó decidiu reagir às provocações do tiranete do Supremo mostrando o estrago que um soco bem dado é capaz de causar numa melancia. Numa melancia!

- Realmente a escolha da fruta parece não ter sido aleatória. Mas vale acrescentar que, por causa desse soco na melancia, Popó recebeu a visita da Polícia Federal e agora pode até ser incluído no inquérito das milícias digitais, da fake news, dos atos golpistas ou qualquer outro que Bambam inventar. Aliás, juristas ouvidos pela Folha de S. Paulo ga-ran-tem que o soco na melancia foi o maior atentado ao Estado Democrático de Direito desde que... Polzo, vai começar a luta.

A luta

Os dois estão no centro do ringue. A luta não tem juiz porque o juiz está na luta. Será que ele vai dar a vitória para si mesmo? Popó e o ministro Bambam se encaram. Naquilo que será interpretado como mais um sinal de que a democracia corre perigo, a torcida grita “hu, vai morrer! hu, vai morrer!”. O clima é de barbárie, dirão os assessores da LulaNews! Parece até fila de embarque no aeroporto de Roma!

Começa o combate. Alexandre, digo, Bambam parece um boneco de posto de gasolina, agitando os braços aleatoriamente. Ele esperar ganhar com base em resoluções do TSE e artigos do regimento interno do STF? Popó fica só observando, esperando a hora certa de... Uau! Popó acerta um direto de esquerda na fuça exposta de Bambam. É o famoso soco da liberdade. Da democracia. O soco do bom senso. O soco da justiça! Um soco tão bem dado que nem parece de esquerda.

Bambam vai às cordas e cai. Ali na sarjeta do ringue, ele tem um vislumbre do que pode vir a ser seu futuro se um dia as coisas voltarem ao normal neste país. Quantas acusações de abuso de autoridade Bambam terá contra si? Fingindo destemor, ele se levanta e faz um sinal de que está tudo bem na direção do técnico Gilmar Mendes. A luta recomeça e Popó, sem dó nem piedade, aproveita o momento de fragilidade do ministro. Alguns socos de raspão. Popó tenta um gancho. Bambam abre a guarda e.

O ministro parece perdido. Vai para as cordas de novo. Foge. A cara-de-pau exposta. Popó desfere uma sequência de socos de direita. De esquerda. De direita de novo. Bambam se encolhe. Pede ajuda dos outros ministros. Se enreda nas cordas da lei. Aberta a contagem mais uma vez. Ele quer dizer “L'État, c'est moi”, mas não tem forças. Quer cuspir pontos de exclamação, mas não consegue. Quer regulamentar, quer calar, que vencer no grito. Mas não adianta. Popó vence por nocaute. Em toda a sua arrogância, o rei está nu. E o mais importante: derrotado.

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