O salário mínimo do trabalhador brasileiro deveria ter sido de R$ 1.994,82 em julho para ele suprir suas necessidades básicas e da família, de acordo com estudo divulgado nesta quarta-feira pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A constatação foi feita por meio da utilização da Pesquisa Nacional da Cesta Básica do mês passado, realizada pela instituição em 17 capitais.
Com base no maior valor apurado para a cesta no período, de R$ 237,45, em Porto Alegre, e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência, o Dieese calculou que o mínimo deveria ser 4,29 vezes maior que o piso vigente, de R$ 465,00.
Em junho deste ano, o valor do salário mínimo necessário era maior, de R$ 2.046,99, e correspondia a 4,4 vezes o mínimo em vigor. Em julho de 2008, o valor necessário foi estimado em R$ 2.178,30, o maior já calculado pelo Dieese, contando com o real como moeda base, e que correspondia a 5,25 vezes o salário mínimo oficial na ocasião, de R$ 415,00.
O Dieese também informou que o tempo médio de trabalho necessário para que o brasileiro que ganha salário mínimo pudesse adquirir, em julho de 2009, o conjunto de bens essenciais diminuiu, na comparação com o mês anterior. Na média das 17 cidades pesquisas pela instituição, o trabalhador que ganha salário mínimo necessitou cumprir uma jornada de 97 horas e 12 minutos para realizar a mesma compra que, em junho, exigia a execução de 98 horas e 58 minutos. Em julho de 2008, quando a pesquisa considerava 16 capitais, a mesma compra necessitava a realização de uma jornada bem maior, de 117 horas e 8 minutos.
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