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Para quem viu o seu maior rival comemorar mais um tetracampeonato e passou as primeiras rodadas do Brasileiro fazendo contas na tentativa de descobrir se o time conseguiria sair da zona de rebaixamento, a questão da tampa no Caldeirão é o que menos preocupa os atleticanos.

Primeiro, porque todos sabem que o estádio ficará pronto para a Copa e o patrocinador master – o tal do naming rights – vai bancar o teto retrátil e os demais custos de responsabilidade do clube; segundo, porque agora o que interessa mesmo é curtir o melhor momento técnico da equipe nos últimos anos. Em impressionante escalada de recuperação, o Atlético faz uma pausa para enfrentar o Palmeiras, pela Copa do Brasil. O mesmo Palmeiras que o eliminou na edição passada e ainda por cima acabou se tornando campeão, mesmo com um time mambembe.

Pois saibam que ele continua tecnicamente mambembe e a chance de o Furacão voltar a assumir um papel principal no cenário nacional é real. Basta entrar em campo com personalidade, não se intimidar com a torcida adversária no Pacaembu e repetir as últimas atuações.

Sul-Americana

Mesmo com o São Paulo tendo sido o último campeão, a Copa Sul-Americana ainda não foi completamente assimilada pelo torcedor brasileiro. Trata-se do segundo principal torneio interclubes do continente e assume cada vez mais a versão meridional da Liga Europa – antiga Copa da Uefa. Entretanto, as torcidas dos nossos principais clubes não lhe dão o devido valor.

No Velho Continente a Liga Europa é uma espécie de consolo para os clubes que não ganham vaga na Liga dos Campeões, mas aqui as principais potências do continente se acostumaram a jogar todos os torneios. Talvez o desinteresse exista pelo fato de os times brasileiros não terem conquistado tantos títulos, pois o torcedor gosta de "campeonar", como dizem os gringos. Ou seja, comemorar o título de campeão, daí o orgulho dos torcedores de São Paulo, Internacional, Corinthians e outros que venceram a Libertadores e o Mundial de Clubes.

Pois o Coritiba terá a oportunidade de começar com o pé direito, desde que se saia bem no confronto com o Vitória, na Bahia. Claro que não se exige do Coxa nada além do que vem realizando, mesmo porque desfalcado como estava conseguiu fazer boa figura perante o Corinthians e só perdeu por causa do pênalti duvidoso assinalado.

Aliás, se Luccas Claro fosse um pouco mais experiente, não teria batido de ombro com Danilo que, matreiramente, foi ao encontro do marcador e esperou o choque para provocar a interpretação do árbitro. Como o Coritiba passa por um processo de reformulação do elenco no meio da temporada, é natural que a equipe apresente algum tipo de dificuldade para render o máximo pretendido pelo técnico Marquinhos Santos.

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