Com a profusão de jogos na "Quarta-feira gorda" do futebol aumentou o grau de expectativa dos torcedores de cada seleção para a Copa no Brasil.
E também aumentou o temor pelas armadilhas da Copa, pois como se sabe trata-se de um torneio muito equilibrado, tenso e rápido. Ou seja, qualquer descuido pode ser fatal e nós, brasileiros, estamos escaldados por tropeços inesperados que nos custaram o título, como na final de 1950 com o Uruguai, no Maracanã, e nas quartas de 1982 com a Itália, em Barcelona. Nas duas ocasiões, o time brasileiro era apontado como favorito e, efetivamente, vinha mostrando o melhor futebol até a hora H, quando os sonhos se desfizeram por falhas individuais de alguns jogadores: o goleiro Barbosa, estigmatizado pelo Maracanazo e o volante Cerezo, na dolorosa derrota no Sarriá. Ambos excelentes jogadores, mas que por infelicidade foram mal em lances decisivos.
As durezas enfrentadas por Argentina e Alemanha, diante de Romênia e Chile, respectivamente, deixaram os técnicos Alejandro Sabella e Joachim Löw ligados, da mesma forma que Cesáre Prandelli vai ter muito trabalho para reconstituir a tradicional consistência do time italiano. Diego Costa ganhou a sua chance na Espanha e teve poucas jogadas para firmar-se ao mesmo tempo em que a Holanda levava um passeio da até então desacreditada França, em Paris. Cristiano Ronaldo continua carregando nas costas a seleção portuguesa e os primeiros adversários da seleção brasileira continuam longe de causar algum tipo de preocupação.
Os paranaenses Rafinha e Fernandinho foram bem, mas a eficiente saída para o ataque como segundo volante e o golaço marcado aumentaram o cacife do ex-atleticano. Rafinha disputa diretamente a vaga com o experiente Maicon, porém até junho muita coisa pode acontecer.
O próprio Felipão lembrou da lesão do médio Emerson a uma semana da estreia em 2002, o que acabou arrumando o meio de campo com Kléberson e a auspiciosa interferência da Providência divina. Mas teve jogadores machucados às vésperas do Mundial que fizeram falta, como Careca em 1982, Zico a meia-bomba em 1986 e Romário, em 1990 e 1998.
A seleção brasileira não conta com muitos astros individuais e muito menos empolga, mas está entrosada, confiante e em condições de título.
A defesa firmou-se e o meio de campo mostrou entendimento contando com a assistência dos alas em todas as iniciativas ofensivas. O ataque ainda é uma incógnita, mas como tem Neymar e a intensa movimentação dos demais, dificilmente deixará de fazer gols jogando em casa.
Além desses imprescindíveis ingredientes contará com o incentivo e o calor da torcida nos estádios vestida de verde-amarelo, entoando o Hino Nacional e empurrando o time para a grande final no Maracanã.
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