Basta observar os torcedores do Coritiba desfilando, garbosamente, com a camisa alviverde para confirmar o momento histórico vivido pelo clube. Desde a conquista do título brasileiro, em 1985, não se via a massa coxa-branca tão eufórica e em verdadeiro êxtase diante da espetacular sequência de vitórias do time.
Em meio à alegria e a certeza da passagem para a penúltima fase da Copa do Brasil, observa-se indignação de muitas pessoas com o pouco caso e a reduzida presença do Coxa no noticiário nacional. Este é um problema que já deveríamos ter entendido, absorvido e deixado de lado, pois jamais se modificará. Trata-se de uma questão mercadológica e ela continuará assim, afinal o futebol paranaense está para a mídia do eixo Rio-São Paulo como o futebol do interior está para nós.Gaúchos e mineiros também se sentem em posição periférica, mesmo com suas equipes tendo conquistado vários títulos nacionais e internacionais.
São raros os registros ou mesmo algum destaque de um time paranaense na imprensa nacional porque o público consumidor dos grandes centros está voltado para os seus próprios interesses que, no caso, são os tradicionais times cariocas e paulistas. Quando o Paranavaí sagrou-se campeão paranaense, em 2007, tivemos o mesmo comportamento, registrando o fato, enaltecendo a campanha e elogiando o feito de uma equipe do interior ter superado o trio da capital. Logo em seguida a atenção da mídia esportiva estadual voltou para o cotidiano de Atlético, Coritiba e Paraná.
O futebol paranaense será notícia nas principais redes de televisão e nos jornais de grande circulação sempre que conseguir se destacar, porém na estrita medida da sua estatura no concerto nacional. Nem mais, nem menos.
Deixemos de lado o viés provinciano do "o que é que eles falaram?" e aproveitemos o momento mágico experimentado por um de nossos representantes.
Depois da goleada por 6 a 0 o técnico Felipão baixou a bola, ouviu gato e sapato de torcedores e dirigentes, prometendo reação na partida desta noite. Vale a pena verificar a estratégia que o Palmeiras utilizará na desesperada tentativa de reverter, no Pacaembu, o escore do primeiro jogo.
Sempre sereno e ponderado, Marcelo Oliveira deixou de lado a vantagem do Coritiba e trabalhou como se nada estivesse decidido. E ele está correto, pois evitou o clima de já ganhou o perigoso "oba,oba" , mantendo o elenco concentrado na partida ou, como se diz na moderna gíria dos boleiros, mantendo o grupo focado.
Mesmo desfalcado de titulares importantes, por cartões ou lesões, o Coxa deve administrar com tranquilidade os trunfos adquiridos, mantendo a seriedade e o espírito de competição sem oferecer espaços ao adversário.
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