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Ásia

Contra protestos, China faz prisões e amplia censura

Ativistas e advogados de direitos humanos foram presos ou colocados sob estrita vigilância ontem na China, ao mesmo tempo em que a polícia ocupou áreas de 13 cidades que seriam palco de protestos contra o governo convocados por mensagens que circularam na internet. Poucos manifestantes responderam ao chamado, mas a forte presença de policiais e de jornalistas estrangeiros atraiu a atenção dos que passavam no domingo em uma das principais ruas comerciais de Pequim, a Wangfujing.

As mensagens que defendiam uma "Revolução do Jasmim" no país - como ficou chamado o levante na Tunísia que levou à deposição do presidente em janeiro - foram originalmente colocadas em um site em chinês nos Estados Unidos, o Boxun. No sábado, elas começaram a circular em microblogs na China e no Twitter, que apesar de bloqueado é acessível para um número cada vez maior de internautas que usam ferramentas para contornar a censura. O texto propunha que as pessoas se reunissem em centros comerciais de 13 cidades e gritassem o slogan "queremos comida, queremos trabalho, queremos casa, queremos justiça".

Apesar do baixo alcance das mensagens entre a população, o governo chinês preferiu agir de maneira preventiva. O advogado Xu Zhiyong, que atua na área de direitos humanos, disse ao Estado que ficou sob vigilância policial das 10 horas às 17 horas de ontem. Xu disse que podia sair de casa, mas era seguido todo o tempo.

Cerca de 15 ativistas foram presos ou colocados sob vigilância a partir da noite de sábado. Entre os que foram detidos estava o advogado Teng Biao, que em 2008 assinou com Hu Jia o manifesto "A China Real e a Olimpíada". Hu foi condenado em abril de 2008 a 3 anos e 6 meses de prisão sob a acusação de subversão. O celular de Teng estava desligado ontem e sua última mensagem no Twitter foi colocada no sábado. Os advogados Zhang Tian Yong e Tang Jitian também foram detidos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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