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Resistência

Sobreviventes são resgatados cinco dias após terremoto

Patrick Alhston, de 25 anos, é retirado no sábado dos escombros de universidade |

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Patrick Alhston, de 25 anos, é retirado no sábado dos escombros de universidade

Equipe russa tira Senvilo Ovri, de 11 anos, dos escombros, no sábado |

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Equipe russa tira Senvilo Ovri, de 11 anos, dos escombros, no sábado

Cinco pessoas foram resgatadas com vida ontem em Porto Príncipe, cinco dias após o terremoto de magnitude 7 que destruiu grande parte da capital haitiana, na última terça-feira. Três estavam nos escombros de um supermercado da capital. Os sobreviventes, com ferimentos relativamente leves, são uma menina de sete anos, um homem de 34 e uma mulher norte-americana de 50.

O resgate foi confirmado por voluntários americanos e turcos que trabalham no país. Também foi resgatado o dinamarquês Jens Christensen, funcionário da ONU, retirado dos escombros do Hotel Christopher. Mais cedo, a empresária Nadine Cardoso, de 62 anos, dona do hotel Montana, também foi resgatada dos escombros do edifício – mais de cem horas depois do terremoto. Há dezenas de desaparecidos sob os escombros no local. Porém, especialistas dizem que, após 72 horas de um tremor, as esperanças de encontrar sobreviventes são mínimas.

Ainda ontem, a porta-voz do Escritório da ONU para a Coor­denação de Assuntos Huma­ni­tários, Elizabeth Byrs, disse que 70 pessoas foram resgatadas com vida de escombros em diferentes pontos da capital. Há 43 equipes de resgate estrangeiras na cidade em busca de centenas de desaparecidos.

Mesmo sob reduzidas chances de achar pessoas soterradas ainda com vida, o trabalho de resgate continua por toda a capital haitiana. Além das equipes especializadas de diferentes países que atuam em Porto Príncipe, muitos haitianos vasculham os escombros com as próprias mãos em busca de familiares e amigos desaparecidos.

"O moral dos equipes de emergência continua sendo muito bom, apesar das dificuldades e das condições nas quais têm que trabalhar", afirmou Elisabeth Byrs, em Genebra.

"Os socorristas mantêm a determinação, já que é possível salvar vidas dos escombros. Não perdemos a esperança de encontrar outros sobreviventes", completou.

"Continua existindo esperança. As condições são muito favoráveis. É excepcional, graças a Deus", destacou, ao explicar que o desabamento dos edifícios deixaram espaços para a sobrevivência.

São mais de 40 equipes internacionais, com 1.739 voluntários e 161 cães farejadores a trabalhar em busca de sobreviventes em Porto Príncipe. As equipes já rastrearam 60% da área afetada pelo tremor.

Um comunicado divulgado ontem pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em conjunto com a Organização Pan-Ame­ricana de Saúde e baseado em dados da Cruz Vermelha, estima os mortos no desastre entre 40 mil e 50 mil. Outras estimativas, inclusive do governo haitiano, já elevaram o número de mortos para até 200 mil.

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