As cenas de hostilidade contra a senadora petista Gleisi Hoffmann, divulgadas na sexta-feira (8), chocam porque não são da tradição política brasileira. Não que nossos políticos tenham uma relação pacífica com o eleitorado. Mas sempre pairou um respeito no ar, coisa que agora, com o acirramento dos ânimos entre “nós” e “eles” insuflado pela retórica lulo-petista, se perdeu. Gleisi atraiu a ira dos não petistas ao colar sua imagem à de Lula no dia em que ele depôs sob condução coercitiva e depois fez o célebre discurso da jararaca no Sindicato dos Bancários de São Paulo. Ela estava bem ao lado dele, aplaudindo-o com entusiasmo a cada palavra bramida pelo ex-presidente contra “eles”. Com o indiciamento pela Polícia Federal, junto com o marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, seu nome entrou para o rol dos políticos rejeitados liminarmente, embora ainda não se tenha nada provado contra o casal.
Gleisi, a vítima do pós-PT 2
Vale lembrar que os impropérios proferidos contra a senadora paranaense não são diferentes daqueles que militantes do PT dirigem a adversários do partido e do governo da presidente Dilma sob o mantra “Não vai ter golpe”. Quando não partem para o desforço físico. Na oposição, o PT sempre estimulou seus militantes a manter postura aguerrida, ensinando-os a não se curvar diante de autoridades nem de políticos poderosos em apuros. Acostumado a ser estilingue, na situação está aprendendo a ser vidraça.
Gazeta em Milão
A Gazeta do Povo estará presente, mais uma vez, no Salão Internacional do Móvel de Milão, que será realizado de 12 a 17 de abril. Para a cobertura desta edição, a sétima a que o jornal comparece, foram destacados a editora Larissa Jedyn, da revista Haus, de arquitetura, decoração e design, editada pelo Núcleo Estilo de Vida, a repórter Daliane Nogueira e este colunista. O trio fará a cobertura para as plataformas impressa (jornal e revista) e online, com entradas ao vivo e conteúdo exclusivo.
Vinho no parlamento
Será na próxima terça-feira, às 9 horas, na Assembleia Legislativa, a audiência pública para debater a substituição tributária do ICMS dos vinhos no Paraná. A reunião foi proposta pelos deputados Evandro Araújo e Rasca Rodrigues a pedido da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-PR). Em pauta, a decisão do governo do estado, que desde 1º de janeiro tornou o vinho consumido no Paraná o mais caro do Brasil.
