O calor que os paranaenses sentiram na pele em novembro foi realmente superior ao que era esperado pelos meteorologistas para o mês. Segundo o instituto Climatempo, foram registradas temperaturas até 4 graus acima da média em algumas cidades do estado. O principal motivo para o "calorão" é a influência do fenômeno El Niño, que provoca o aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico.
De acordo com o instituto, o fenômeno provocou aumento da umidade no centro-sul do Brasil, facilitando a formação de muitas nuvens na maior parte do Sudeste, do Centro-Oeste e da região Sul. Essa nebulosidade funcionou como um cobertor durante as noites, mantendo o calor acumulado durante o dia próximo da superfície. "Essa barreira contra as massas polares impediu a entrada no ar frio que poderia balancear a temperatura", explica a meteorologista Joselia Pegorim, do Climatempo.
Sem a presença mais constante das massas frias, as temperaturas médias se elevaram. Em Curitiba era esperada mínima de 14°C e máxima de 24°C no mês de novembro. O registrado, porém, foram temperaturas variando entre 18°C e 28°C.
Estes valores são as médias, pois o que pode ser visto nos termômetros foram valores ainda mais elevados. No dia 19, a capital teve o dia mais quente do ano, com 33,7°C. Já em Morretes, no litoral do estado, os termômetros chegaram a 41,7°C no dia 19. Além do calor, a chuva também foi acima do esperado na capital. O volume chegou a 65% superior que a média. Refresco
A chegada de uma frente fria dará um refresco aos paranaenses no fim de semana. As temperaturas começam a cair a partir de sexta-feira (4). "É provável que as pessoas precisem de um agasalho leve para sair de casa", comenta a meteorologista.
No sábado (5), a temperatura mínima prevista pelo Climatempo é de 12°C e a máxima de 21°C. Joselia ressalta que o resfriamento não quer dizer que o calor foi embora de vez. "A previsão é de que dezembro também seja um mês com temperaturas acima da média", afirma a meteorologista.
