Quatorze pessoas foram presas em sete cidades paranaenses, entre a noite de quinta-feira (18) e a manhã desta sexta-feira (19), suspeitas de fazer parte de uma quadrilha que traficava drogas no Vale do Piquiri, no Oeste do estado. Além das prisões, os policiais apreenderam cerca 450 quilos de maconha durante a operação. A ação policial descobriu ainda uma nova rota do tráfico que estava sendo usada pelos criminosos no Oeste do estado. A droga era levada de Foz do Iguaçu para Camboriú (SC) por vias alternativas.
A quadrilha também é acusada de recrutar adolescentes para transportar as drogas em ônibus metropolitanos e intermunicipais até Londrina (Norte) e Ponta Grossa (Campos Gerais). "Esse grupo ainda tem outras pessoas que estão sendo investigadas, podendo acontecer novas prisões nos próximos dias", afirmou o delegado da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc) de Cascavel, Julio Reis.
Durante a "Operação Caminhos Secundários" foram cumpridos 14 mandados de prisão e 13 de busca e apreensão nas cidades de Assis Chateaubriand, Tupãssi, Jesuítas, Formosa do Oeste, Palotina, Guairá (todas no Oeste) e Ponta Grossa (Campos Gerais). A ação envolveu policiais do Denarc dos núcleos de Cascavel, Foz do Iguaçu e Curitiba. Ao todo, cerca de 80 policiais participaram da operação, que teve o apoio das delegacias de Toledo, São Miguel do Iguaçu (Oeste) e Umuarama (Noroeste) e do Núcleo de Repreensão a Crimes Econômicos (Nurce).
A quadrilha era investigada há dois meses pela polícia. "O fato de recrutarem adolescentes nos chamou a atenção", disse o delegado Reis. Os jovens levavam pequenas quantidades em mochilas para diminuir o prejuízo, quase fossem apreendidos pela polícia.
Maconha
A quase meia tonelada de maconha foi apreendida com Aguinaldo Costa Leite, 23 anos, em São Miguel do Iguaçu. Os 440 quilos da droga seriam levados para Camboriú. Também foram apreendidos um revólver e rádios comunicadores. Os 14 presos (leia o nome dos detidos no box acima) irão responder por associação ao tráfico de drogas. Caso sejam condenados podem pegar de 5 a 15 anos de prisão.
