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eleições 2016

Greca desconversa sobre ataque de filha de Lerner em rede social

Candidato do PMN recebeu resposta dura de Ilana Lerner após citar a mãe dela, Fani, em sabatina na Gazeta do Povo

Lerner (à esq.) e Greca - aliados em 2001 | Arquivo/Gazeta do Povo
Lerner (à esq.) e Greca - aliados em 2001 (Foto: Arquivo/Gazeta do Povo)

“Eu não tomei conhecimento.” Como tem procurado fazer ao tratar de assuntos espinhosos, o candidato a prefeito de Curitiba Rafael Greca (PMN) evitou comentar o ataque recebido de Ilana Lerner, filha de Jaime Lerner, pelo Facebook. Em post publicado na segunda-feira (19), ela criticou a menção à mãe, Fani Lerner, feita por Greca em sabatina na Gazeta do Povo .

Durante a entrevista, Greca citou Fani, que morreu em 2009, como exemplo que deve seguido na administração municipal. “Nós vamos tentar acolher a demanda das creches com empenho. Vamos cumprir a meta que o Ministério Público exigiu de [vagas para crianças de] 4 anos ou mais, mas agora o nosso foco vão ser as crianças de 0 a 3 anos”, afirmou na sabatina. “E vou evocar para isso o espírito luminoso da minha querida Fani, que foi tão valiosa Secretária da Criança [de Curitiba e do Paraná]. Fani Lerner de saudosa memória, Deus a ilumine.”

A menção à mãe, porém, não foi bem recebida por Ilana. “Já que ele invocou a minha mãe, me sinto no direito de comentar. O candidato 33 foi uma das pessoas que mais magoou a minha mãe. Ela tinha por ele um amor de mãe, e quando ele decidiu seguir sua vida em outras companhias, foi um tremendo golpe que ela jamais superou. Ele ter usado o nome dela na sua campanha me atingiu como uma facada. Acho que ela teria detestado e se sentido novamente traída e usada. #odeiomuitotudoisso”, escreveu.

Procurada pela reportagem, Ilana afirmou apenas que já havia dito tudo o que pensa por meio do post (veja ele abaixo).

Rompimento

Ex-prefeito de Curitiba e ex-governador do Paraná, Jaime Lerner foi fundamental no início da carreira política de Greca. Pelas mãos de Lerner, Greca chegou à prefeitura em 1993. Embora ele não fosse o candidato favorito no grupo − Lerner sempre preferiu Cassio Taniguchi −, Greca venceu a convenção e passou a representar a continuidade do “lernismo”.

Em 2002, porém, quando Lerner preferiu apoiar Beto Richa para sucedê-lo no governo do estado, Greca, magoado, deixou o partido, abandonou o lernismo e se uniu ao arquirrival do antigo padrinho, Roberto Requião (PMDB).

Mesmo estando rompidos politicamente, Greca fez uma visita à Lerner no último dia 12 de agosto. O encontro, de surpresa, foi na Rua Bom Jesus, no bairro cabral, onde Lerner mora e mantém seu instituto. Greca foi acompanhado de seu vice, Eduardo Pimentel (PSDB). Tomou duas xícaras de café, falou sobre Fani Lerner e, segundo Greca, conversaram sobre “o futuro da cidade”.

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