O Paranaense concluiu a fase classificatória e pode engrenar com os jogos eliminatórios. Não existe fórmula mais atraente do que o sistema mata-mata, tanto que a Copa do Brasil é sucesso de público e crítica exatamente por ser disputado nesse figurino.
Agora vai, esfregando as mãos dizem os torcedores mais apaixonados que valorizam a disputa do titulo estadual. Só que ficou complicado promover qualquer tipo de análise em torno dos confrontos pelo elevado grau de instabilidade técnica. Está difícil eleger um favorito e nem mesmo o Coritiba, jogando com a sua formação principal, pode ser apontado como tal. Leva vantagem, é verdade, mas as últimas atuações do chamado time titular estiveram longe de empolgar a torcida.
O Paraná terminou o turno em primeiro lugar, porém não se sabe com qual formação o Atlético se apresentará para a etapa decisiva do campeonato. É provável que Petkovic tenha a sua disposição os reservas encorpados por alguns do time principal, afinal até agora ninguém conseguiu aplaudir o planejamento do futebol atleticano nesta temporada.
Vergonha
Além dos problemas que a população enfrenta pela falta de melhor infraestrutura, ineficiência dos serviços públicos básicos, sensível aumento da violência através da criminalidade que assola o país e dos tais black blocs que estragam as passeatas democráticas, observamos a vergonha do racismo que tem se manifestado ultimamente nos estádios de futebol.
A três meses da Copa do Mundo mais dois casos graves de racismo mancharam a imagem do futebol brasileiro: o árbitro Márcio Chagas da Silva que foi atacado por torcedores com palavras agressivas durante o jogo entre Esportivo e Veranópolis, em Bento Gonçalves, pelo Campeonato Gaúcho ainda encontrou, no estacionamento, após a partida, seu carro arranhado, amassado e lambuzado com bananas em alusão ao xingamento que havia recebido.
Outra vítima foi o jogador Arouca, no jogo do Santos em Mogi Mirim, repetindo-se a maldade perpetrada contra Tinga, do Cruzeiro, na partida em que o time mineiro realizou com o peruano Real Garcilaso, pela Copa Libertadores.
Tudo isso é profundamente lamentável e condenável sob todos os aspectos, pois o racismo é o mau hálito da humanidade.
Sede da Copa do Mundo, o Brasil tem papel importante a desempenhar na luta contra o racismo e outros desafios, afinal na janela do observatório internacional o sucesso ou o fracasso da organização do evento será definitivo no julgamento do país como potencia emergente. Mostrará ao mundo que está preparado para ocupar lugar de destaque ou se revelará aquém das expectativas?
Essa repercussão externa, positiva ou negativa, terá efeitos dentro do país podendo refletir na decisão das urnas nas próximas eleições.
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